Fernão Velho

Fernão Velho
Equipe Fernão Velho

Como Tudo Começou

 

Em 1987, eu, engenheiro agrônomo Mário Calheiros de Lima, fiquei sabendo que a Salgema Indústrias químicas, estava precisando iniciar um trabalho de recuperação ambiental, no que eles já falavam na época no desejo de ser tornar um Cinturão Verde, uma reserva florestal em volta do complexo industrial da fábrica. A partir daí, eu comecei esse trabalho junto a eles.

E logo nos primeiros anos de desenvolvimento desse trabalho, numa oportunidade durante um curso no Paraná, sobre recuperação de áreas degradadas, conheci uma senhora bióloga que elogiou o trabalho que vinha sendo desenvolvido e perguntou se eu já criava abelhas nesse local, eu disse que não, que não sabia nada aprofundado sobre elas. 

Fundadores Fernão Velho

Portanto, desses 33 anos que o Cinturão Verde existe, antes na gestão da empresa enquanto Salgema e atualmente Braskem, tem pelo menos 31 anos que eu passei a conhecer as abelhas a convite dessa senhora. Ela me orientou sobre as dificuldades da recuperação ambiental na área de restinga, de beira de praia, de areia quartz rosa, num solo muito pobre em nutrientes, e ressaltou:

“você vai ter muito trabalho, meu filho! se interesse pelas abelhas, esses insetos são imprescindíveis para esse trabalho de vocês! Porque eles são os grandes polinizadores da natureza! Sei que o vento, as chuvas, os pássaros, alguns roedores, polinizam, mas não com essa eficiência e eficácia desses insetos! As abelhas no mundo inteiro são utilizadas para a polinização das plantas, esse trabalho seu só vai se reproduzir, se as plantas crescerem e gerarem sementes e então as árvores se multiplicarem, mas primeiro tem que haver a polinização”

Voltei para a nossa base em Maceió, comuniquei os dirigentes da empresa sobre a importância desse assunto, até porque aquela senhora tinha me dado um sinal muito importante e não podia deixar o mesmo passar despercebido!

Comecei a estudar e ler sobre as abelhas e soube que havia um amigo meu que já as criava. Entrei em contato com ele e o mesmo alertou que não era uma atividade comum e que haviam algumas dificuldades para aprender a trabalhar com elas, mas se dispôs a me ajudar. Estabelecemos uma parceria, onde o mesmo trouxe aproximadamente 05 colmeias e eu disse que toda vez que ele fosse para o apiário, eu queria ir junto para aprender. Firmei com ele que tudo que fosse produzido de mel seria dele, o que eu queria mesmo era o conhecimento. Naquela época, no Cinturão Verde haviam aproximadamente 50 coqueiros e algumas espécies de plantas com aproximadamente 1 metro de altura, somente.

Após uns 4 meses de instalação dessas colmeias, as mesmas estavam repletas de favos cheios de mel! Fiquei encantado com a alta produtividade em tão pouco tempo ainda mais naquela área ainda em recuperação. Pedi a meu amigo um pouco de mel, não para mim, mas somente para presentear um grande parceiro meu, o Engenheiro Mário Machado, que era gerente geral da área de meio ambiente da antiga Salgema. Ainda de maneira amadora, cortamos os favos, coamos num pano e levei um pote de vidro de nescafé limpinho, cheio de mel. Aaah, foi uma festa! Todos da empresa, das salas vizinhas se encantaram e se deliciaram com aquela belezura! O mel havia chamado atenção de todos, em especial de meu amigo Mário Machado.

Em paralelo com o plantio e com a recuperação ambiental, eu comecei a pesquisar mais e mais sobre esse universo das abelhas. Com o aval e apoio total de Mário Machado para participar de capacitações sobre as abelhas, comecei a me especializar no assunto e acabei tendo a oportunidade de conhecer e fazer vários treinamentos no Centro de apicultura tropical, em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Fiquei durante mais de 10 anos frequentando esse centro. Todos os anos ía pelo menos uma vez ao ano, passava em torno de 20 dias lá, estudando. Às vezes a cada 6 meses, tudo que é curso eu frequentava.

Depois disso, comecei a participar de todo tipo de evento relacionado às abelhas. Tive a oportunidade junto à minha esposa de viajar e conhecer boa parte do mundo por conta desses pequenos insetos! 

Começamos a participar de congressos internacionais de apicultura, conhecidos como “Apimondia”. Fomos em 97 para a Bélgica, em 99 para o Canadá, em 2003 para a Eslovênia.

Nesse meio tempo dos congressos mundiais, tivemos a oportunidade de participar de vários congressos nacionais também, em vários estados do Brasil, agora em especial, com nossas queridas filhas. Com as coisas andando, em 2009 nos organizamos e fomos para mais um Apimondia, em Montpellier, sul da França e pela primeira vez, a família completa participava de um congresso mundial de Apicultura e mais um sonho se realizava! Não paramos mais! Demos sequência até os dias de hoje na participação efetiva em vários eventos ligados à apicultura. 

Nos encantamos demais com esses pequenos insetos e com os ensinamentos que eles nos proporcionaram. Eu percebi que a apicultura era uma atividade de fácil multiplicação de conhecimento, com animais fáceis de manejar, com um custo relativamente baixo e que poderia ajudar a muitas pessoas carentes replicando esse conhecimento. A apicultura é como andar de bicicleta, todos realmente interessados têm a capacidade de aprender!

Como tive uma vida na infância um pouco difícil, via a necessidade desde o início da minha carreira profissional, de poder fazer algo para contribuir na vida de pessoas carentes. 

Numa oportunidade, encontrei alguns “meninos de rua” e perguntei a eles se eles não se interessavam em fazer um curso gratuito de apicultura. Eles imediatamente se interessaram, consegui me articular com a Secretaria de Criança e do Adolescente e logo fechamos a primeira turma! Pedi apoio da Salgema e de pronto eles custearam roupas de apicultura e investiram numas colmeias para fazermos um apiário escola. Eles ficavam 1 vez por semana fazendo aulas práticas sobre a apicultura.

Na própria sede da Salgema, no Cinturão Verde e ainda tinham direito a refeições lá! Agora esses meninos tinham dignidade e uma esperança de um futuro melhor. A coisa foi ganhando uma proporção tão grande e com o passar do tempo, existiu a necessidade desses alunos terem seu próprio apiário, aí veio a ideia de nos articularmos com o pessoal da prefeitura e conseguimos fazer outro apiário no parque municipal! A Salgema como desde o início, investiu nas colmeias e tudo mais que era necessário para aquele sonho ser materializado! O sonho foi crescendo e tomou tamanha proporção que chamou a atenção da tv local! Fizeram uma matéria incrível e foi a partir daí que deu um “boom” esse projeto.

Com as pessoas conhecendo cada vez mais meu trabalho, em 1995, em nome de Sr. Marinho, fui convidado a ser consultor e instrutor do Sebrae Alagoas de apicultura. Fiquei muito feliz com a nova oportunidade de poder repassar esse conhecimento para tantas pessoas! Comecei com essa atividade para ajudar na recuperação ambiental e estava ali com o propósito de recuperar também pessoas! Aí não parei mais. Ministrei mais 200 cursos de apicultura! Nos 4 cantos do meu querido estado! 

Depois de um tempo, meus alunos com suas produções já em vigor, começaram a vender para seus ciclos de convivência e ficaram muito contentes com o resultado que a apicultura estava proporcionando. Mas mesmo assim, ficavam com uma produção excedente! E agora? Se eu já havia lhes mostrado que a atividade era maravilhosa e rentável? Como poderia ajuda-los com o escoamento dessa produção? Então resolvi comprar! Rs. Mas nem eu e nem minha esposa não tinha nenhuma formação empresarial para saber como bem poderia comercializar produtos… então como já tinha parceria com o Sebrae, fizemos uma capacitação empresarial lá e começamos a abrir nossos horizontes para o empreendedorismo! A ideia inicialmente não era nem ser empresário não! Mas acabamos de uma forma despretensiosa, nos tornando.

Resolvemos abrir nossa empresa apícola, sendo representantes das melhores empresas do setor, comprando a matéria-prima de nossos alunos, comercializando junto com as produzidas por nós! Então em 1997, fundamos a nossa pequena empresa! Inicialmente chamada de: A colmeia Produtos Apícolas! Em paralelo, fizemos a abertura também de outra pequena empresa, abrangendo a parte de serviços, como a recuperação ambiental, paisagismo, hidroponia, chamada Plante Verde.

Com o passar dos anos, a nossa empresa foi crescendo, a linha de produtos e o foco do nosso negócio também. Nos mudamos de sede em 2003, agora no bairro de Fernão Velho. Resolvemos fazer um reposicionamento da nossa marca, mais uma vez com o apoio de consultores do Sebrae, já que agora tínhamos desenvolvido produtos diferenciados e boa parte do nosso público consumidor, eram selecionados. Nossa marca passou a se chamar “Apícola Fernão Velho”, levando o nome do bairro que a sede de nossa empresa então agora estava instalada. Nome que traduzia tradição, fortaleza e uma certa imponência.

Continuamos nossa jornada com muito afinco nos propósitos iniciais firmados e sempre buscando a melhoria de nossos produtos, processos, com os melhores fornecedores. Fomos percebendo na prática, que nossos clientes reproduziam e se referenciavam à nossa empresa como a apícola de “Fernão Velho”, a “Fernão Velho”. Então pelo costume e hábito dos nossos clientes (lojistas e consumidores finais) e de se tornado uma marca já reconhecida pelo mercado, adotamos o novo nome, agora “Fernão Velho”. 

Seguimos ao longo desses 24 anos, trabalhando com muito amor, muita responsabilidade em oferecer sempre o melhor e encantar nossos clientes. Atualmente trabalhamos com a linha do mel, a linha dos produtos gourmet e a mais recente e inovadora, a linha dos nutracêuticos. 

Nossa pequena empresa irá continuar no lugar de luta, de apoio ao próximo, de preservação da natureza e de amor em especial, a nossas queridas abelhas. 

Com carinho, Mário Calheiros de Lima – Sócio Presidente

Nossa Filosofia

Os ciclos da natureza sempre foram base na história da Fernão Velho, eles sempre nos ensinaram desde o início que bons frutos só se têm com o tempo, e temos que respeitar isso. “Semear com paciência e colher com sabedoria” é o nosso maior lema. O que nos fez encantar pela nossa atividade há anos, foi especialmente o fato de trabalharmos com algo que produz riquezas, sem destruir nada. Pelo contrário, a apicultura é uma atividade socialmente justa, economicamente viável e ambientalmente correta. 

Escolhemos os melhores fornecedores de nosso setor, trabalhamos com excelência em tudo que fazemos e temos a melhoria contínua como premissa diária de todos que fazem parte da Fernão Velho. Toda a nossa linha de produtos é totalmente natural, sem conservantes ou aditivos químicos. Trabalhamos com muito afinco, coletividade e amor, como aprendemos com nossas pequenas abelhas.

Nosso sonho é ser referência nacional e internacional de indústrias do setor apícola. Em especial, por produzir uma matéria-prima diferenciada, a própolis vermelha dos manguezais de Alagoas. Um produto com tanta nobreza e que ainda terá muita contribuição na vida das pessoas. Teremos um futuro brilhante!

Paixão pelas abelhas

Resolvemos abrir nossa empresa apícola, sendo representantes das melhores empresas do setor, comprando a matéria-prima de nossos alunos, comercializando junto com as produzidas por nós! Então em 1997, fundamos a nossa pequena empresa! Inicialmente chamada de: A colmeia Produtos Apícolas! Em paralelo, fizemos a abertura também de outra pequena empresa, abrangendo a parte de serviços, como a recuperação ambiental, paisagismo, hidroponia, chamada Plante Verde.

Respeito pelos matérias apícolas

O encantamento por esses pequenos insetos foi algo muito natural. Com o passar dos anos, só aprendemos mais e mais com elas! As abelhas possuem uma sociedade justa, igualitária e muito organizada. Todos indivíduos da colmeia estão ali com uma função especial e todos trabalham arduamente em prol de um bem maior. É uma sociedade com em média 50 mil habitantes que convivem em constante harmonia.

A principal função e a que mais nos admira é que ela são os maiores polinizadores da natureza e tem alta contribuição na perpetuação da vida humana e da flora mundialmente. Sem as abelhas, não existe vida, não existe fauna e não existe flora. São animais de fácil manejo e que são muito fáceis de criar, são seres independentes.